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Clube do Choro de Brasília.

Cultura
03/02/2021

Clube do Choro de Brasília.

 

Curiosidade Brasília desde o início, no período das construções, foi uma cidade que inspirava pelos seus belos projetos arquitetônicos e o planejamento de uma nova cidade que era vista como a capital da esperança do povo brasileiro. Neste ar de esperança, civismo e trabalho, o Presidente Juscelino Kubitschek contratou um músico para acompanhar as construções da nova capital, seu nome era Dilermando Reis, um paulista de Guaratinguetá, violonista e compositor com grande expressão nacional e considerado um dos melhores do mundo em sua época. Dilermando Reis era professor da segunda filha do presidente, Maristela Kubitschek, pois Juscelino era um grande apreciador de violão e serestas, e muitas das construções foram acompanhadas, concluídas, e comemoradas ao som de valsas e choros tocado por Dilermando. A casa do presidente na época recebeu o nome de Catetinho inspirado pelo Palácio do Catete do Rio de Janeiro, nome dado por Dilermando, e foi cenário de muitas cantorias e serestas, neste momento já soava como um prelúdio o futuro musical que a cidade viria a ter. E assim Brasília foi sendo construída, e seus novos moradores foram chegando e povoando a nova capital. Origens Para o desenvolvimento da cidade, vieram morar na nova capital pessoas de diversas regiões do Brasil, e havia os cariocas que chegavam trazendo os seus costumes e sua cultura oriunda do Rio de Janeiro, e nessa bagagem trouxeram o choro, que alegrava os dias frios e empoeiradas de Brasília da época, neste inicio os músicos presentes na capital que gostavam do estilo começaram a se reunir para tocar, músicos bons e de grande expressividade como o Bené da flauta (primo do Pixinguinha), o citarista Avena de Castro ,Pernambuco do Pandeiro, a flautista Odette Ernest Dias, o bandolinista Arnoldo Veloso, entre outros. O Clube do Choro Os músicos que já residiam em Brasília, juntamente com os que estavam chegando, começaram a se reunir em um apartamento na SQS 311 sul nas tardes de sábado para tocar choro. O Clube do Choro foi fundado oficialmente em 1977 no apartamento de Odette Ernest Dias, juntamente com Avena de Castro se tornando o primeiro presidente. As reuniões foram crescendo em numero de frequentadores ao ponto de não caber mais no apartamento, e a turma do recém fundado Clube do Choro tiveram a ideia de marcar uma audiência com o governador da época ( Elmo Serejo) e pedir um espaço público para que pudessem se encontrar e tocar, e o pedido foi atendido, conseguiram um espaço para os encontros no centro da Cidade, o espaço cedido era o vestiário do recém inaugurado Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com direito a um projeto feito por Oscar Niemeyer para a construção da sede que hoje conhecemos como o Clube do Choro. Época de abandono Grandes movimentações ocorreram até a primeira metade dos anos 80, até que em 1985 devido á um estouro na encanação do esgoto no Centro de Convençoes inviabilizou o espaço para a continuidade dos encontros, os encontros passaram a ser novamente na casa de amigos, e o espaço cedido pelo governo passou a ser abandonado virando abrigo de moradores de rua, e ocorrendo furtos de equipamentos devido a falta de estrutura, deixando o clube sob ameaça de despejo, com risco de perder o seu espaço. Escola de Choro Raphael Rabello e a Revitalização do Espaço Em 1993 quando o músico Henrique Lima Santos Filho (Reco do Bandolim) assume a presidência do Clube do Choro, ele monta um projeto de revitalização do espaço e implementar uma escola de choro que pudesse ensinar a população interessada a tocar a arte do choro, depois de alguns anos movimentando projetos e organizando esta ideia, em 1998 foi fundada a Escola Nacional de Choro Raphael Rabello, em homenagem ao grande violonista que havia falecido em 1995, e anos antes havia feito algumas apresentações beneficentes em prol das construções das estruturas do Clube do Choro. A escola é o primeiro centro de estudos de choro do mundo. Atualmente Em 2008 o Clube do Coro foi tombado como bem imaterial do Distrito Federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) No mesmo ano iniciaram as obras da nova sede desenhada por Oscar Niemeyer, o projeto consiste em 16 salas de aula, estúdio de gravação, e uma sala de espetáculo com capacidade para 400 pessoas; As construções da nova cede foram concluídas em 2011, assim como a inauguração do Espaço Cultural do Choro, projetado por Oscar Niemyer; A escola Nacional de Choro Raphael Rabello vem a cada dia aperfeiçoando o seu método, formando músicos profissionais e amadores em diversos instrumentos, e sendo um grande centro de aprendizado de música, exportando músicos altamente gabaritados para outras regiões do Brasil e do Mundo no circuito profissional de música; Em todos os anos de atividade foram realizados mais de 2500 shows com um publico de cerca de 750 mil pessoas.

 

Por: Carlos Augusto de Sousa 

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